Três a zero. Uma derrota em casa, mesmo que emprestada, em Fátima, na primeira mão dos dezasseis avos de final da Liga dos Campeões. Histórico? Sempre — é a primeira vez que uma equipa chegou tão longe na versão feminina da prova da UEFA. Feito das mulheres do Clube Atlético Ouriense.

E o jogo, como foi? Em suma, houve três vezes em que a bola, após ser rematada por um pé dinamarquês, ultrapassou Bárbara Santos, a guarda-redes do Ouriense. As duas primeiras foram num ápice: aos 38 minutos, Sofie Pedersen marcou e, com os festejos ainda pintados de fresco, Line Jensen, no minuto seguinte, fez o 2-0.

Era assim que o resultado estava ao intervalo. E aguentou-se até aos 84’, já perto da fronteira do último apito do árbitro, quando Nadia Nadim marcou o 3-0, de penálti. Pelo meio, o Ouriense pouco fabricou de perigo para quem defendia as redes do Fortuna Hjørring, a par de um remate de Pisco que atirou a bola contra a barra da baliza dinamarquesa, aos 80’.

E pronto. Mais nada? Talvez sim, talvez não. O encontro, realizado em Fátima, não foi alvo de qualquer transmissão televisiva — algo do qual João Santos, presidente do Clube Atlético Ouriense, já se queixara ao Observador, duas semanas antes do encontro que apenas foi alvo de um acompanhamento, ao minuto, no site da UEFA.

Será com esta derrota e com os três golos sofridos que o Ouriense aterrará, a 15 de outubro, em Hjørring, para defrontar as dinamarquesas do Fortuna na segunda mão desta eliminatória. A perder, vencer ou empatar, certo é que a história já está feita.

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