O ministro da Defesa de Portugal, Aguiar Branco, anunciou esta segunda-feira em Díli que Portugal vai ajudar Timor-Leste a ter capacidade de força aérea, nomeadamente na fiscalização e vigilância marítima.
Portugal dará “ajuda seguramente na parte que foi agora solicitada, em edificar uma capacidade de força área, sobretudo com um objetivo específico na fiscalização e vigilância marítima”, que tem de estar “integrado num conceito estratégico que Timor tem para a sua defesa nacional”, afirmou o ministro da Defesa, quando questionado sobre o assunto.
Aguiar Branco falava aos jornalistas depois de um encontro de cerca de duas horas com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que acumula também a pasta da Defesa e onde participaram também o chefe de Estado-Maior da Força Aérea português, general José António Pinheiro, e o chefe das Forças de Defesa timorense, general Lere Anan Timur.
Segundo Aguiar Branco, foi sobre a “forma integrada” que se esteve a falar no encontro para se definir como em Portugal pode ajudar a “fazer a edificação dessa capacidade e a formação dos recursos humanos para a mesma”.
A reunião terminou com a assinatura de um memorando de entendimento para a criação de um centro de língua portuguesa no centro de formação militar em Metinaro.
Durante o encontro, foram também abordados temas como os desafios e ameaças à segurança, à estabilidade e à paz, a identidade e segurança e defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a cooperação técnico-militar entre os dois países.
O ministro da Defesa português chegou hoje a Díli para uma visita de menos de 24 horas.
Na quarta-feira, Aguiar Branco vai reunir-se com o Presidente timorense, Taur Matan Ruak, com o chefe das Forças de Defesa timorense e visitar o Instituto de Defesa Nacional.
A cooperação militar entre os dois países teve início em 2002.