A Google vai começar a desenvolver, a partir de 2015, versões específicas de alguns dos seus produtos para crianças com uma idade igual ou menor do que 12 anos. Entre os primeiros a ter versões infantis devem estar o motor de busca (Google), o YouTube e o Chrome, que estão entre os serviços mais populares oferecidos pela empresa.
“Estamos à espera que isto seja controverso, mas a verdade é que as crianças já têm [acesso] a tecnologia nas escolas e em casa”, explicou ao USA Today a responsável pelo desenvolvimento do novo projeto, Pavni Diwanji. Assim, a intenção da Google é tornar os serviços “divertidos e seguros para os miúdos”, disse.
Para explicar a importância deste trabalho, Pavni Diwanji deu o exemplo do próprio filho, de oito anos, que certa vez pesquisou no Google por “comboios” e a maior parte dos resultados que encontrou eram horários. E tudo o que ele queria era ver episódios de “Tomás e os seus amigos”.
“Queremos ser cuidadosos no que fizermos, [queremos] dar aos pais as ferramentas adequadas para supervisionar o uso que os seus filhos fazem dos nossos produtos”, referiu Diwanji, que afirma que este projeto pretende também incluir as próprias crianças na elaboração das versões que lhes são destinadas e em mais conteúdos para a sua idade. “Queremos que os miúdos estejam seguros, mas acima de tudo isto tem que ver com ajudá-los a ser mais do que meros consumidores de tecnologia, mas também criadores”, explicou.
Como isto será feito e durante quanto tempo, a Google não revela para já. Até porque a gigante tecnológica tem de ter em conta a legislação que protege a privacidade das crianças na rede – que já este ano levou à aplicação de uma coima de 450 mil dólares (cerca de 367 mil euros) à aplicação Yelp, por esta ter “recolhido inapropriadamente informações a crianças”.