O Serviço Nacional de Saúde (SNS) fechou o ano de 2014 com um saldo provisório positivo de 64,2 milhões de euros, representando uma melhoria de 43,5 milhões face ao ano anterior. E neste jogo entre receita e despesa, que terminou com um saldo positivo para o SNS, graças à utilização de um saldo de gerência, os hospitais conseguiram ainda reduzir a dívida aos fornecedores.
O financiamento total do SNS atingiu 8.449 milhões de euros, incluindo os 272 milhões do saldo de gerência que transitou do ano anterior, mais 96 milhões de euros que em 2013. Já a despesa chegou os 8.385 milhões de euros, registando um crescimento de 0,6% (mais 52 milhões de euros) quando comparada com 2013. Se não fossem os 272 milhões do saldo de gerência, o SNS acabaria com um défice superior a 200 milhões, de acordo com a Execução orçamental divulgada esta sexta-feira pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
Já a dívida global do Serviço Nacional de Saúde caiu 271 milhões de euros de 2013 para 2014, para os 1.314 milhões de euros, sendo que as dívidas em atraso há mais de 90 dias reduziram em 60 milhões, para 562 milhões de euros, no final de dezembro.
A dívida aos fornecedores tem vindo a cair ao longo dos últimos anos, tendo já reduzido para um terço face aos valores em atraso em 2011. Nesse ano a dívida total ultrapassava os 3.249 milhões e a dívida em atraso há mais de 90 dias superava os 1.200 milhões de euros. Recorde-se que a redução das dívidas em atraso era um dos objetivos acordados com a troika, no memorando de entendimento.