As diferenças de funcionamento do cérebro entre um autista e um não-autista foram evidenciadas pela primeira vez, revela um estudo publicado na revista científica Brain. A equipa liderada por Jianfeng Feng, professor Universidade de Warwick, no Reino Unido, recorreu a uma nova metodologia para analisar ressonâncias magnéticas do cérebro, referiu o comunicado de imprensa da instituição.
Esta análise ampla do cérebro – Brain-Wide Association Analysis -, desenvolvida por especialistas em ciências da computadores, é a primeira capaz de criar vistas panorâmicas do cérebro fornecendo aos cientistas um modelo de estudo tridimensional. Os métodos usados anteriormente eram obrigados a restringir-se a áreas limitadas do cérebro.
Depois de analisarem mil milhões de dados, de mais de 47 mil áreas do cérebro diferentes, em 418 autistas e 509 não-autistas, os investigadores identificaram 20 regiões do cérebro diferentes entre ambos os grupo de indivíduos. Algumas das áreas onde a conectividade é reduzida estão implicadas na expressão facial e na consciência do eu do ambiente, o que pode justificar os principais sintomas associados ao autismo.