A empresa espanhola que detinha os ativos imobiliários e a concessão da marina de Vilamoura, no Algarve, foi vendida à gestora de fundos norte-americana Lone Star, refere o Diário de Notícias.

Segundo apurou o DN/Dinheiro Vivo, a Lone Star pagou ao Catalunya Banc, a entidade que detinha a Lusort, pouco mais de 200 milhões de euros, três vezes menos do que teria pago há cinco anos, antes do início da crise económica. O valor é também inferior ao pago pelos espanhóis ao antigo proprietário, André Jordan, que detinha a empresa desde 2000.

André Jordan, o empresário responsável pela construção da Quinta do Lago, em Almancil, comprou uma parte da Lusort (antiga Lusotur) em 1996, altura em que esta pertencia a Cupertino Miranda, fundador do Banco Português do Atlântico e responsável pelo início da construção de Vilamoura nos anos 60. Em 2000, Jordan tornou-se dono da totalidade da empresa, tendo-a vendido quatro anos depois por 360 milhões de euros aos espanhóis da Prasa, que alteraram o nome para Lusort.

De acordo com o DN, o valor da compra é justificável pela falta de rendimento dos ativos da empresa. A maioria dos empreendimentos residenciais e comerciais de Vilamoura já não pertencem à Lusort, de modo que, atualmente, a concessão da marina é a única fonte de lucro. Os restantes ativos são compostos por dois mil hectares de terrenos vazios, localizados junto à marina e à praia da Falésia.

Dos dois mil hectares, apenas 700 mil metros quadrados podem ser usados para construção. É neste espaço que deverá surgir nos próximos anos a Cidade Lacustre, um resort de luxo construído sobre a água.

Descrito como um “projeto único e pioneiro”, a Cidade Lacustre será composto por três grandes lagos artificiais, que serão construídos ao lado da marina. Sobre esses lagos será construída uma zona residencial, ligada por uma série de passeios pedonais. Para além disso, está também prevista a construção de uma zona comercial e de uma zona lazer, como refere o site da Lusort.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR