Os 30 militares do Exército que vão para o Iraque colaborar no combate ao movimento extremista Estado Islâmico (EI) iam partir na manhã desta quarta-feira do aeródromo de Figo Maduro, mas o C-130 que os levaria a Bagdade não chegou a descolar. Segundo o Observador apurou, aos militares foi dito que “problemas mecânicos no avião” impediram a partida imediata. Contactado, o Exército não quis comentar.
Esta quarta-feira, na cerimónia que precedeu a prevista partida do contingente – à qual o Observador assistiu em exclusivo -, estiveram presentes o comandante das Forças Terrestres Tenente-General António Xavier Lobato de Faria Menezes, e o chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares Vice-Almirante Fernando Manuel de Macedo Pires da Cunha.
Pires da Cunha salientou a importância da participação do Estado Português “no âmbito da defesa da humanidade e da paz porque o EI faz ataques de forma indiscriminada e é uma ameaça global. É essencial estarmos com os nossos aliados nesta luta contra a tentativa de domínio dos nossos valores.”
O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informou na terça-feira que a missão do contingente nacional se insere na coligação internacional de combate ao EI e tem “duração prevista de um ano”. Os militares portugueses irão apoiar a formação e treino das forças armadas iraquianas, de acordo com a nota disponível na página da internet do EMGFA.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português Rui Machete confirmou no passado dia 21 de abril esta operação, mas a decisão sobre o envio de militares portugueses para o Iraque foi tomada na reunião de 16 de dezembro de 2014 do Conselho Superior de Defesa Nacional.