A Espírito Santo Hotéis foi declarada insolvente depois de um processo especial de recuperação (PER) que não recebeu a luz verde dos credores. A insolvência foi declarada esta segunda-feira. A empresa tinha dívidas de 106,2 milhões de euros, segundo a informação apresentada no quadro do PER.

O Montepio era o maior credor com uma emissão de papel comercial de 60 milhões de euros, que representa mais de 50% da dívida total reconhecida de 106 milhões de euros. Este financiamento foi considerado não garantido depois de recusada a reclamação da Caixa Económica de que a operação tinha uma garantia sobre ações da empresa participada Tivoli Hotéis, que era o principal ativo da Espírito Santo Hotéis.

A insolvência desta holding foi declarada, não obstante os credores da Tivoli Hotéis terem aprovado a venda desta sociedade ao grupo tailandês Minor Group.

Para além do Montepio, os principais credores da Espírito Santo Hotéis são empresas do grupo GES, designadamente a acionista Rioforte, em processo de liquidação no Luxemburgo, que reclama 33,2 milhões de euros, e o Hotel Tivoli Gare do Oriente com 7,9 milhões de euros. O BPI surge na lista dos créditos reconhecidos com cinco milhões de euros.

Os credores têm agora 30 dias para reclamar os créditos ao administrador da insolvência. Foi convocada uma assembleia de credores para 8 de setembro para apreciação do relatório do administrador.

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