É sempre verão em alguma parte do mundo e, para muita gente, isso significa descer até à praia, estender a toalha e refastelar-se na areia de papo para o ar. Se as suas férias só começaram agora e está a fazer as malas para viajar até qualquer lado com sol, areia e mar, não deixe que os dias à beira da água se resumam a estar deitado sem fazer nada e, a meio do dia, subir até ao café para comer coisas que, na verdade, não deveria comer mas que sabem sempre tão bem ao sol.

O que comer na praia

Se faz marmitas para o trabalho, porque não faz também para a praia? Ficar muitas horas sem comer, como muita gente fica, não só descontrola o apetite ao final do dia como pode levar o corpo a desidratar-se. E ao invés de ir à esplanada comer uma tosta ou um hambúrguer ou petiscar uma bola de Berlim ou umas batatas fritas para enganar a fome, com alimentos certos é mais fácil resistir às tentações vergonhosas e manter-se saudável ao sol. Segundo a revista americana Shape, focada essencialmente em bem-estar, os alimentos de praia devem ser leves e frescos, como frutas e legumes, para manter o corpo hidratado e não fazer mal entre mergulhos. Pegue na sua mala térmica e encha-a de fruta (como uvas, meloa, melancia, melão, ananás, pêssegos, ameixas, maçãs… frutas que hidratem o corpo). Pode levar iogurtes (desde que os consiga manter no frio), legumes (palitos de cenoura, tomates e outros vegetais crus), triângulos de queijo, bolachas, ovos cozidos, sandes sem molhos (porque podem estragar-se com o calor). O que nunca deve faltar? Bebidas, claro. Além de muita água, pode e deve beber chás frios, limonadas ou sumos de frutos ao longo do dia porque a exposição ao sol leva à desidratação.

Não fique horas deitado e mova-se

Muitos estudos indicam que o som das ondas altera os padrões do nosso cérebro, embalando-o num estado de profundo relaxamento. E isso é bom. Pode deitar-se à beira-mar ou na espreguiçadeira e, se estiver debaixo do chapéu, pode fazer uma sesta e repor as energias do corpo e da mente. Mas, além disso, pode mover-se porque caminhar sob o sol afeta o nosso sistema endócrino e faz-nos sentir menos stressados. Pode jogar raquetes, brincar com os seus filhos, fazer caminhadas, corridas à beira mar, algum desporto ou atividade proporcionados pelo local onde está… e boiar. Sim, simplesmente boiar no mar. Boiar significa que o sangue é desviado das pernas e bombeado em direção à zona abdominal (porque já não estamos em pé) e este sangue traz mais oxigénio ao cérebro e deixa o corpo mais ativo.

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Use bem os protetores solares

À medida que nos vamos expondo ao sol, a nossa pele vai ficando cada vez menos vulnerável. A quantidade de sol que suportamos no início do verão não é a mesma que já conseguimos suportar no fim. Daí que o cenário ideal seria começar a sua rotina de férias com breves exposições (meia hora no primeiro dia, uma hora no segundo… e por aí em diante). O que não vai acontecer, certo? O melhor será, então, aplicar protetor solar em todo — sim, todo — o corpo. Algumas regras:

  • A diferença entre o FPS 15, 30 ou 50 é pequena. Eles bloqueiam, respetivamente, 93%, 97% e 98% dos raios UVB — a maioria dos dermatologistas recomenda FPS 30 para o uso diário e FPS 50 para a exposição ao sol.
  • Quando comprar um protetor solar, procure um que proteja contra os raios UVB (responsáveis pelas queimaduras solares) e contra os UVA (presentes durante todo o dia e que causam o envelhecimento da pele).
  • Os raios podem passar através da roupa. O ideal será aplicar o protetor no corpo todo antes de vestir o fato-de-banho ou o biquíni para ter a certeza que tem todas as zonas protegidas.
  • Não se ponha a poupar no protetor — é o último creme em que deve poupar. Use diariamente boas quantidades e reaplique a cada duas horas. Já existem aplicações para o telemóvel que avisam quando estiver na hora de voltar a aplicar o protetor. Se estiver a nadar ou a fazer atividades ao sol, vai precisar de reaplicar a cada hora.

Ler, ler, ler

Ler deveria ser uma rotina diária mas, aparentemente, o verão é a altura em que as pessoas mais pegam em livros. Um estudo realizado pela Goodreads, o maior site do mundo para leitores e recomendações de livros, concluiu que 48% das pessoas leva livros nas suas viagens no verão. Em papel ou digital, ler continua a ser uma das atividades favoritas para se fazer ao sol. Vinte e quatro por cento lê três livros durante as férias e prefere histórias que transportem para outros mundos. Algumas sugestões para se perder durante este mês à venda no site Wook:

Livros

Doce Tortura, Rebecca James, PVP: 15€; A Rapariga no Comboio, Paula Hawkins, PVP: 15,92€; Cidades de Papel, John Green, PVP: 14,30€; D. Teresa, Isabel Stilwell, PVP: 21,51€; Padeira de Aljubarrota, Maria João Lopo de Carvalho, PVP: 20,90€; O Olhar dos Inocentes, Camilla Läckberg, PVP: 17,90€; A Herdeira Acidental, Vikas Swarup, PVP: 17,50€.

O que não fazer

Há vários comportamentos que são politicamente corretos: não ouvir música alta e optar por usar headphones, não deixar o lixo na areia, não jogar raquetes ou à bola no meio das outras pessoas, não fumar, não sacudir a toalha para cima dos outros, não levar animais… E há outros que são basicamente obrigatórios: não fique a olhar para as outras pessoas (que tenham biquínis minúsculos ou sejam altas, baixas, magras ou gordas), não adormeça ao sol e não corra no meio da praia. Mas há coisas que, se as ignorar, podem ser perigosas. Os avisos de maré alta, correntes fortes, alforrecas ou bandeiras estão lá por alguma razão — manter os banhistas seguros. Ignorá-los é quase como brincar com a vida. E o mesmo se diz das zonas com perigo de queda das arribas: não vá para lá se tem todo um areal por onde estender a toalha. Se quer sombra, leve um chapéu-de-sol.