A última apresentação de Hamlet, na noite de sábado, no Teatro da Cornucópia, em Lisboa, revelou-se uma surpresa para os espectadores: Luís Miguel Cintra anunciou o final da sua carreira. No fim do espectáculo, o encenador entrou em cena e fez o anúncio: nunca mais voltaria a pisar aquele palco devido a problemas de saúde. Na mensagem, lembrou os 42 anos do Teatro da Cornucópia, e os atores que por lá passaram.

Sobre o futuro do teatro que fundou em 1973, e do qual é director desde essa data, Luís Miguel Cintra não adiantou muito: um futuro incerto devido aos problemas financeiros do grupo. Entre os espectadores, ouviam-no José Pinto Ribeiro, o ex-ministro da Cultura de José Sócrates, que antecedeu Gabriela Canavilhas, Augusto Santos Silva, também ex-ministro da Educação e da Cultura,  no governo de António Guterres, e o ator Nuno Lopes.

Hamlet, a peça que chegou ao fim este sábado, esteve no palco desde 18 de setembro, encenada por Luís Miguel Cintra, como é costume na Cornucópia. A tradução da peça de Shakespeare, é de Sophia de Mello Breyner.

A peça ainda voltará aos palcos, de 23 de outubro a 15 de novembro, no Teatro Municipal Joaquim Benite. Integrada no aclamado Festival de Almada, é uma co-produção do Teatro da Cornucópia com a Companhia de Teatro de Almada.

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