Portugal é o décimo país a escrever um Startup Manifesto e o objetivo é transformar o país “num hub competitivo para startups de todo o mundo”, explicou ao Observador Edite Cruz, responsável da Beta-i — associação para promoção do empreendedorismo — pela equipa que lidera o manifesto. O documento será entregue e apresentado à Comissão Europeia em junho, em Berlim, durante a Startup Europe Summit.

“O mercado de startups é um mercado internacional. Tudo o que fazemos a nível nacional será interessante para o mercado mundial. A nossa visão é tornar Portugal num ‘hub’ competitivo para startups de todo o mundo”, explicou.

Em 2013, o startupmanifesto.eu foi assinado e publicado por nove empreendedores tecnológicos europeus, onde se incluíam os fundadores do Spotify, do The Next Web ou do Seedcamp. Objetivo: definir pontos de ação e envolver a comunidade. Depois, começaram a surgir iniciativas isoladas em vários Estados-membros, em países como a Bélgica, Polónia, Suécia ou Grécia. Portugal é o décimo país a assinar o seu Startup Manifesto.

“Este é o momento ideal para Portugal fazer isto. Vai haver um antes e um depois do ano 2016 e é importante que a comunidade esteja unida, saiba o que quer e que isso seja visível para os estrangeiros”, acrescentou.

Porque quer “dar voz à comunidade” e que “todos no ecossistema partilhem opiniões e ideias”, a associação para a promoção do empreendedorismo vai desenvolver várias ações pelo país (a próxima é a 17 de fevereiro no Porto), criou a hashtag #ptstartupmanifesto, uma página no Facebook e vai organizar encontros entre fundadores de empresas. “O manifesto é das pessoas e são as pessoas que o vão fazer acontecer”, refere Edite Cruz.


Nos próximos dois meses, a Beta-i vai recolher informação junto da comunidade de empreendedores, para em junho ter o documento pronto para entregar à Comissão Europeia. Os dados vão ser trabalhados em parceria com a Universidade Católica.

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