Se tudo correr como é esperado, o Impact Hub Lisbon abre em junho, depois de serem concluídas as obras de restauro de um pavilhão abandonado na zona do Beato-Marvila, em Lisboa. Terá capacidade para 250 lugares de cowork, 85 lugares em espaços reservados para startups ou pequenas e médias empresas (PME) e várias zonas para eventos, que podem receber até 700 pessoas.

O nosso principal objetivo é que o Impact Hub Lisbon seja, de facto, um hub, angariando e juntando num só propósito entidades públicas e privadas, empreendedores, investidores, Organizações Não Governamentais (ONG), multinacionais, nacionais e internacionais, quebrando barreiras e fronteiras conceptuais e físicas”, explica ao Observador Filipe Portela, líder da equipa de implementação do Impact Hub em Lisboa.

O Impact Hub nasceu em 2005, em Londres, e afirma-se como a maior comunidade de empreendedores de impacto, a nível mundial. Atuando como laboratório de inovação e acelerador de negócios, conta com uma rede de cerca de 11.000 empreendedores em 70 cidades, de 50 países.

Em Lisboa, o espaço de 3.000 metros quadrados vai estar focado no empreendedorismo, inovação e geração de novos negócios de impacto social ou ambiental. Filipe Portela explica ao Observador que o principal requisito dos projetos que vão integrar o Impact Hub é estarem de acordo com os valores e cultura da comunidade: partilha, impacto, colaboração e sustentabilidade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Depois, procuramos empreendedores, startups e empresas que queiram crescer, tanto em Portugal como no mundo”, afirmou Filipe Portela.

As candidaturas para ocupar um dos espaços disponíveis já abriram. Um espaço individual para trabalhar custará entre 80 e 190 euros por mês, ao qual acrescem 30 euros de filiação – para acesso a eventos, notícias e formações. As empresas podem alugar um hub por uma mensalidade que oscila entre 300 e 700 euros e que inclui espaço para uma equipa entre três a 10 pessoas.

O Impact Hub Lisbon está a ser estruturado por uma equipa multidisciplinar de portugueses. O primeiro evento organizado pela equipa decorre no dia 25 de fevereiro, na Nova School of Business and Economics (Nova SBE) e vai debater o investimento “tradicional” e o “social”.

Em janeiro, também foi notícia que a Second Home – icónica incubadora londrina para startups tecnológicas e ligadas às indústrias criativas – chegaria a Lisboa em junho. Ocupará parte do Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré, e terá espaço para 250 profissionais.