As bolsas atribuídas aos alunos do ensino superior que optaram por estudar numa instituição do interior do país e as bolsas atribuídas a jovens desempregados que tinham desistido dos estudos e decidiram voltar à universidade continuam sem ser pagas, alertaram alunos e encarregados de educação.
Atribuídas pela primeira vez no passado ano letivo, as bolsas do “Programa + Superior” foram criadas para ajudar à fixação de estudantes no interior dando 1.500 euros aos alunos que escolhessem estudar numa das 13 instituições abrangidas pelo programa. No entanto, “ainda ninguém recebeu nada”, alertou João Cardoso, presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP), citado pela Lusa.
João Cardoso garante que este atraso “é uma situação generalizada em todas as instituições de ensino superior” e alerta para as dificuldades que traz para a vida dos alunos e das famílias.
Além dos atrasos das bolsas do Programa + Superior, João Cardoso diz que também ainda não foram pagas as bolsas do Programa Retomar, criado em 2014 com o intuito de trazer de volta ao Ensino Superior jovens com menos de 30 anos que abandonaram os estudos.
A Lusa contactou o gabinete do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) mas não obteve resposta até ao momento.
O Observador já tinha avançado com esta notícia em março, na altura o Ministério do Ensino Superior explicou que estava à espera da abertura dos concursos para fundos comunitários, e não avançou com nenhuma data para o pagamento das bolsas.