Os cientistas portugueses Elvira Fortunato e Rodrigo Martins são finalistas do Prémio Europeu do Inventor 2016, na categoria de Investigação, pela invenção de microchips de papel, que substituem o silício por materiais orgânicos, mais baratos e recicláveis, e que pretendem ser aplicados em objetos do dia a dia. A cerimónia de entrega de prémios do Prémio Europeu do Inventor 2016 tem lugar a 9 de junho, em Lisboa.
Trata-se de um novo tipo de microprocessador, criado a partir de papel, e com o objetivo de levar a inteligência eletrónica a objetos do quotidiano como etiquetas de identificação por radiofrequência no transporte de encomendas e gestão de stocks, bilhetes de avião automaticamente atualizáveis, cartões de visita e rótulos de alimentos. A ideia, desenvolvida pela equipa de cientistas da Universidade Nova de Lisboa liderada por Elvira Fortunato e Rodrigo Martins, é criar chips mais baratos e com maior eficiência energética em relação aos habituais chips de silício.
“Os microchips feitos de papel têm o potencial de aplicar a tecnologia eletrónica ‘inteligente’ a áreas completamente novas do dia-a-dia”, disse o Presidente do Instiuto Europeu de Patentes, Benoît Battistelli, ao anunciar os finalistas do Prémio Europeu do Inventor 2016. “Os microchips de papel potenciam uma nova geração de dispositivos pouco dispendiosos e recicláveis que podem vir a desempenhar um papel importante na internet das coisas e outras tecnologias digitais do futuro”, acrescentou.
A equipa de Elvira Fortunato é assim eleita pelo Instituto Europeu de Patentes uma das três finalistas do Prémio Europeu do Inventor, de 2016, na categoria de investigação.