O Governo reafirma a sua confiança nas metas que tem no Programa de Estabilidade e diz que conseguirá atingir os objetivos aplicando de forma rigorosa as “suas medidas de política económica”, garantindo que as previsões mais negativas dadas a conhecer esta terça-feira “não justificam qualquer alteração aos objetivos definidos”.

A posição não muda, mais uma vez, nem o otimismo do Governo. A Comissão Europeia deu hoje a conhecer as suas novas previsões, que apontam para que Portugal cresça menos que o que espera o Governo, que o défice seja maior em meio ponto percentual e que o défice estrutural aumente, outra vez, em vez de diminuir.

No entanto, o único número que o Governo menciona no comentário oficial que publicou esta manhã na sua página oficial é o da revisão em baixa da previsão para o défice orçamental, dos 3,4% previstos em fevereiro para 2,7% agora em maio.

“O facto mais assinalável é a forte revisão da estimativa para o défice em 2016, que passou de 3,4% nas previsões do inverno para 2,7% nestas previsões. Esta previsão confirmará a saída do Procedimento de Défice Excessivo em 2016”, afirma o Governo.

A previsão da Comissão em fevereiro foi realizada ainda antes de Comissão e Governo chegarem a acordo sobre o orçamento, faltando assim as últimas medidas que foram acordadas entre as duas partes que permitiram que o orçamento fosse aprovado pelo colégio de comissários no dia 5 de fevereiro.

O Governo deixa a garantia de “determinação no controle da despesa pública”, algo que diz que a execução orçamental do primeiro trimestre “comprova”, e diz que o relançamento da atividade económica “é visível redução do desemprego e no forte crescimento das exportações, em linha com as previsões do Governo” e que o enfoque do Programa Nacional de Reformas “em criar as condições para o investimento constitui um fator fulcral para a sustentabilidade do crescimento”.

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