São muitos os incidentes que têm marcado este verão — e os últimos meses, sobretudo desde o ataque ao Charlie Hebdo em janeiro de 2015 –, pelo que as respostas ao extremismo protagonizado pelo autoproclamado Estado Islâmico começam agora a surgir. Exemplo disso é a notícia de que as redes sociais se juntaram na batalha contra a propaganda orquestrada pelo Daesh.
Escreve o jornal norte-americano Wall Street Journal, com base num estudo publicado esta segunda-feira pelo Institute for Strategic Dialogue, que redes sociais como o Facebook e o Twitter estão a utilizar a publicidade online de forma a dissuadir os adolescentes de se juntarem a grupos radicais (Daesh incluído). Assim, quase meio milhão de adolescentes e jovens adultos que publicaram termos como “sharia” ou “mujahideen” (lei islâmica e guerreiros islâmicos, respetivamente) no último outono começaram a ver, em formato pop up, vídeos animados no seu feed de notícias do Facebook.
Esses vídeos pretendem mostrar o que, na verdade, representa o Estado Islâmico. É por isso que num deles é possível ver figuras com armas junto a uma bandeira do EI, ao mesmo tempo que se ouve a frase “Não fiques confuso com o que os extremistas dizem, de que tens de rejeitar o mundo. Não precisas de escolher”. Em última análise, o narrador enfatiza a paz em detrimento do ódio.
Os vídeos fazem parte de três experiências com o cunho da Alphabet Inc. da Google — que teve a ajuda do Facebook e do Twitter — e têm como objetivo perceber quais as mensagens mais apropriadas a serem recebidas por potenciais extremistas antes de estes serem radicalizados.
O estudo agora tornado público é um passo em frente para compreender como travar acontecimentos como ataque de há sensivelmente uma semana numa igreja de Saint-Etiénne-du-Rouvray, na Alta Normandia, e que vitimou o padre da paróquia, depois de este ter sido degolado pelos atacantes.