Os chineses da China Minsheng apresentaram uma proposta não vinculativa de aquisição da maioria de capital do Novo Banco. A informação está a ser avançada pelo jornal Público, citando fontes ligadas próximas das autoridades oficiais, que garantem que o Banco de Portugal já recebeu essa proposta.

De acordo com o Público, o Minscheng admite adquirir mais de 50% do Novo Banco, com dispersão das restantes ações em bolsa e respetivo aumento de capital.

O Estado português tem até agosto de 2017 para vender o Novo Banco — o prazo limite imposto pela Comissão Europeia. Se isso não acontecer, a instituição “vai entrar num processo ordeiro de liquidação”, como explicava aqui o Observador. Mas esta solução apresentada agora pelo Minsheng é apenas o plano B.

A oferta chinesa ocorre em paralelo com o concurso público de venda de 100% do Novo Banco, atualmente disputado por quatro grupos: BCP, BPI, Lone Star Funds e a Apollo, associada ao Centerbridge Partners, estes últimos três são fundos norte-americanos de private equity.

A venda direta do Novo Banco seria sempre o plano A, porque permitiria eliminar a exposição do Fundo de Resolução neste processo. Recorde-se que o Estado português já injetou 3.900 milhões nesse Fundo — o setor contribuiu com os restantes mil milhões.

A equipa de Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado dos Transportes de Pedro Passos Coelho e responsável por fechar a venda do Novo Banco, vai ter de analisar todas as propostas que lhe chegarem e decidir qual é a mais competitiva do ponto de vista dos interesses do vendedor.

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