O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou esta terça-feira que Portugal “não é um pequeno mercado” pois faz parte da União Europeia e constitui uma plataforma para exportar e investir em mercados como os países de língua lusófona.

“Portugal não é um pequeno mercado, é um grande mercado voltado para a União Europeia”, disse esta terça-feira o governante no Fórum Empresarial sobre a Índia”, que decorreu em Lisboa, lembrando que o país “está muito bem posicionado” como plataforma para se exportar e investir nos mercados fora da Europa.

E aponta: “Somos uma economia aberta e muito competitiva. Uma boa porta de entrada para a Europa e uma ponte para exportar e investir noutros mercados fora da Europa, nomeadamente para o vasto mercado dos países de língua portuguesa”.

No seminário promovido pela Embaixada da Índia em Portugal e que se realizou na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), em Lisboa, o ministro português desafiou os empresários indianos a investirem em Portugal e defendeu ainda o reforço das relações comerciais bilaterais.

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Caldeira Cabral disse ainda que Portugal está a “recuperar de forma sustentada”, está “a acelerar o crescimento, a aumentar o investimento e as exportações e a fazê-lo de uma forma equilibrada ao nível das contas públicas”, tendo uma perspetiva de médio prazo.

Falou também da qualidade e das competências da mão-de-obra portuguesa, atualmente “muito qualificada”, não só na flexibilidade em línguas, mas em diversos áreas como a da engenharia, da informática e das tecnologias de informação.

Realçou o crescimento do turismo e das atividades de bem-estar e apelou a um maior intercâmbio entre os agentes do setor dos dois países.

Além disso, destacou a evolução do ecossistema empreendedor português nos últimos anos e o crescimento do número de ‘startups’ (novas empresas com rápido potencial de crescimento), uma vez que a Índia é atualmente um dos países mais dinâmicos do mundo ao nível do surgimento de ‘startups’.

Os investidores portugueses podem ainda investir na Índia, nomeadamente nas áreas das energias renováveis, infraestruturas, saneamento básico, construção e estradas, bem como exportar produtos agroalimentares de alta qualidade, caso do vinho.

Portugal pode também beneficiar da cooperação no setor da Defesa, automóvel e da aeronáutica.

No fundo, para o ministro, “Portugal pode ajudar a Índia a ser uma nação líder [no mundo]”, servindo de plataforma voltada para a Europa e para os mercados fora dela.