De acordo com um novo livro, o príncipe Carlos não estava apaixonado pela princesa Diana quando a pediu em casamento. A julgar pelo que escreve Sally Bedell Smith na biografia não autorizada sobre o herdeiro ao trono britânico, Carlos e Diana tiveram apenas 12 encontros antes da grande questão cuja resposta iria ditar o futuro da família real britânica. O pedido de casamento aconteceu em 1981. Diana tinha 2o anos e Carlos 32.

“Ele estava claramente angustiado e disse que ela era alguém que ele poderia aprender a amar”, contou a autora do livro Prince Charles: The Passions and Paradoxes of an Impossible Life à revista People. Segundo o livro, Carlos tinha tido alguns encontros com mulheres que acabaram por não ser consideradas dignas do papel de rainha, além de ter desejos de casar assim que fizesse 30 anos. Alegadamente aconselhado pelo amigo Earl Louis Mountbatten, Carlos acabou por escolher Diana para sua mulher.

São vários os meios internacionais que dão diferentes detalhes sobre a informação que consta na biografia de 500 páginas, cuja autora terá recorrido a várias pessoas que conheceram de perto a vida do casal. O britânico Express, por exemplo, escolhe destacar o facto de Carlos ter alegadamente recorrido a sessões de terapia durante 14 anos para conseguir lidar com as “tempestades emocionais” de Diana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Já o Washington Post faz um retrato de Carlos, uma pessoa muito “triste” e, ao mesmo tempo, “sexy” e “gentil” para ser rei. Características pessoais à parte, o príncipe é herdeiro ao trono britânico há 65 anos — um verdadeiro recorde. A mãe tornou-se rainha quando Carlos tinha apenas três anos e, quase a chegar aos 91 anos, Isabel II parece não querer abrandar. Carlos passou a vida toda à espera de preencher a vaga real.

Os 92 anos da rainha que ainda se senta no trono

No livro, Carlos é ainda caracterizado como um pai dedicado e uma figura pública nem sempre compreendida. É a própria autora do livro que o diz, uma vez que o príncipe foi, durante anos, visto como o homem que arruinou a vida de Diana. “Fiquei tão impressionada com o quão diferente ele é: divertido, informal e caloroso, com esta voz incrivelmente sexy”, declara Sally Bedell Smith, citada pelo Washington Post.

Filho real, pai e ativista, o coração do livro parece contar a história de um rapaz sensível e sozinho, que em criança foi, inclusivamente, alvo de bullying.