Uma transferência de Cristiano Ronaldo, caso o português mude mesmo de ares, poderá render ao Real Madrid um encaixe imediato de 200 milhões de euros — a que o jornal espanhol Marca soma os 200 milhões de euros que o clube pouparia em ordenados previstos no seu contrato (50 milhões brutos por ano, nos próximos quatro anos). 400 milhões de euros seria, escreve o jornal, o valor deste negócio, a que teria de se subtrair, porém, o rendimento que o clube madrileno retira de ter o Bola de Ouro no plantel: títulos e merchandising.

Por regra, quando um atleta pede para sair, como terá sido o caso de Ronaldo, o Real Madrid procura receber o valor que está inscrito na cláusula de rescisão contratual. No caso do internacional português, contudo, esse valor ficou cifrado em mil milhões de euros — mais um valor simbólico e dissuasor do que outra coisa. Segundo a Marca, a expectativa é que o Real Madrid deixaria sair o jogador mediante um pagamento de 200 milhões de euros pelo passe.

O valor não ficaria ao alcance de qualquer clube. O diário espanhol diz que apenas emblemas como o Manchester United (para onde Ronaldo foi, depois de sair do Sporting) e o Paris Saint Germain teriam possibilidades de fazer uma oferta nestes valores. Clubes chineses também poderiam chegar lá, mas a mudança de ares desejada por Ronaldo não vai tão longe.

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O que fica claro, à medida que se movem as peças deste xadrez milionário, é que o Real Madrid tem duas posições inabaláveis. Por um lado, o clube madrileno quer mostrar que quer manter Ronaldo — apesar de o jogador garantir que “não há volta a dar”, segundo fontes citadas pela imprensa espanhola — mas também não quer manter nenhum jogador contra a sua vontade.

Por outro lado, segundo a edição desta manhã do El Mundo, o Real Madrid também não estará disponível para pagar a fatura dos problemas fiscais de Ronaldo. O clube garante que não tem qualquer responsabilidade nessa matéria e, portanto, não irá repetir-se a renovação “oportuna” do Barcelona com Messi, que também teve problemas com o fisco. “O nosso apoio tem limites” — esta é, segundo o El Mundo, a posição do Real Madrid, que vai esperar até à conclusão da Taça das Confederações para tentar resolver o imbróglio.

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