A Procuradoria-Geral da República (PGR) desmente a alegação da defesa de Manuel Pinho de que o ex-ministro da Economia não foi confrontado com os indícios criminais que lhe são imputados. “Confirma-se a constituição de arguido” “no âmbito do designado processos” dos chamados contratos “CMEC – Custos de Manutenção e Equilirio Contratual. No momento da constituição, o arguido foi informado dos factos que lhe são imputados”, lê-se na resposta enviada para o Observador por fonte oficial da PGR.

Recorde-se que Ricardo Sá Fernandes, advogado de Manuel Pinho, anunciou esta segunda-feira que iria invocar a nulidade da diligência que ocorreu na sede da Polícia Judiciária, alegando que o ex-ministro da Economia não tinha sido confrontado com as suspeitas que estiveram na origem da sua constituição de arguido. “Não é assim que se deve investigar, nem tratar os cidadãos. Manuel Pinho merecia ser tratado com respeito. Não lhe foi feita nenhuma pergunta. É absolutamente inaceitável”, afirmou Sá Fernandes.

Caso EDP. Manuel Pinho constituído arguido

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Questionada pelo Observador sobre uma nova data para proceder ao interrogatório de Pinho, mas também de António Mexia e de João Manso Neto, respetivamente CEO da EDP e CEO da EDP Renováveis, fonte oficial da PGR respondeu:

Este arguido e os restantes já constituídos nos autos serão interrogados em momento oportuno, após a análise, por parte do Ministério Público, da prova recolhida no âmbito da investigação. Esse trabalho de análise da documentação apreendida encontra-se em curso”.

Boa parte da documentação aqui em causa foi apreendida em buscas realizadas nas sedes da EDP e da REN no início do mês de junho.

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