Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, foi um “erro de casting” — “No Ministério ou manda o sindicalista Mário Nogueira ou manda a secretária de Estado Alexandra Leitão”. Já Luís Filipe Castro Mendes, ministro da Cultura, é apenas “irrelevante”. Eis os dois ministros que, de acordo com Luís Marques Mendes, de acordo com a análise que fez neste domingo na SIC, merecem nota negativa à passagem dos dois primeiros anos de legislatura.

Depois há os que se ficam pelo suficiente — Francisca van Dunen, na Justiça; Capoulas Santos, na Agricultura; Ana Paula Vitorino, no Mar; Manuel Heitor, na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Caldeira Cabral, na Economia; Eduardo Cabrita, na Administração Interna; e Azeredo Lopes, na Defesa.

E os que conseguem o bom: Mário Centeno, nas Finanças; Augusto Santos Silva, “o político mais sólido no interior do Governo”, nos Negócios Estrangeiros; Vieira da Silva, no Trabalho; Maria Manuel Leitão Marques, na Presidência; Matos Fernandes, no Ambiente; Adalberto Campos Fernandes, na Saúde; e Pedro Marques, no Planeamento.

Descrevendo este como “um dos governos mais unipessoais” que já viu, o comentador da SIC não deixou também de avaliar o primeiro-ministro, António Costa, que qualificou como “uma espécie de abono de família do Governo”.

“Quando António Costa está bem, o Governo está bem, quando António Costa está mal, o Governo está mal”, explicou, dizendo ainda que na sua opinião o segundo aniversário do Governo se celebra na pior altura de sempre. “Desde os incêndios do passado dia 15 de outubro que, na linguagem popular, o Governo tem sido cada cavadela sua minhoca. Todas as semanas acontece alguma coisa: foram os incêndios, depois a remodelação à porta fechada, depois a legionela, depois os professores. O Governo está, no mínimo, desgovernado, à deriva“, completou Luís Marques Mendes.

Por só ter chegado ao Governo há apenas um mês, Pedro Siza Vieira não levou nota. Em contrapartida, e apesar de não ser ministro, Pedro Nuno Santos, “um secretário de Estado que já devia ser ministro”, teve direito a uma menção honrosa. “Tem muito mais peso do que muitos ministros e é o responsável por a geringonça funcionar bem, é um mais que ministro”, disse o comentador da SIC a propósito do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

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