A Beta-i está a coordenar um programa europeu de aceleração de startups em parceria com a Universidade de Southampton, o Open Data Institute e a plataforma francesa de dados Dawex. O Data Pitch arrancou na sexta-feira e promete acelerar 18 projetos que trabalham em campos tão diversos como a previsão de tendências do retalho, infertilidade masculina ou serviços de concierge para autoridades locais através do tratamento de dados.

“Esta é uma fantástica oportunidade para construir uma plataforma de colaboração entre startups e empresas que cubra toda a Europa. As startups vão ter a oportunidade de aceder a enormes bloco de dados, provenientes de algumas das maiores empresas europeias, de forma a tentar resolver desafios previamente identificados, recorrendo ao desenvolvimento de novos produtos e serviços”, afirmou em comunicado Ricardo Marvão, cofundador da Beta-i,

Entre as 18 empresas, está a portuguesa Visor AI, que vai desenvolver um serviço de chatbot para autocarros de turismo em vários países. Cada uma das startups vai receber 100 mil euros de financiamento (a fundo perdido, sem tomada de capital), mentoria de especialistas, oportunidades de investimento bem como acesso a dados gerados por várias grandes empresas, e pelo setor público.

As empresas que participam no programa vão ter de resolver um desafio específico em setores que incluam transporte, turismo, manufatura, saúde e retalho. Cinco destes desafios foram propostos por empresas europeias como o operador ferroviário alemão Deutsche Bahn ou a portuguesa Sonae. O programa dura seis meses e é financiado pelo programa de pesquisa e inovação Horizonte 2020, da União Europeia.

Elena Simperl, professora da Universidade de Southampton e diretora de projeto do Data Pitch, afirma que o programa reúne os melhores talentos europeus no campo de dados numa era em que todas as organizações geram e controlam uma quantidade substancial de dados, mas nem todos conseguem usar esses dados de forma efetiva.

“Com o Data Pitch vamos recorrer a um modelo já testado de inovação aberta e aplica-lo a uma escala europeia, associando algumas das mentes empresariais mais criativas da Europa, enquanto os ajudamos a resolver desafios concretos que tenham impacto na economia, ambiente, ciência, e que sejam relevantes para a sociedade em geral”, defendeu Elena Simperl.

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