O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas mostrou-se esta quinta-feira indignado com a notícia da saída do BBVA de Portugal avançada pelo jornal “El País”, acusando o banco de falta de respeito para com os trabalhadores.

“O pior de tudo é a forma despudorada como estas coisas são anunciadas, parece que não há aqui pessoas no meio, parece que não há aqui trabalhadores”, criticou Rui Riso, lembrando que, no caso do Barclays, o anúncio também foi feito primeiro em Inglaterra.

O jornal espanhol “El País” avançou esta quinta-feira que o BBVA (Banco Bilbao e Vizcaya Argentaria) vai sair de Portugal na sequência de três anos de prejuízos, que somaram 133 milhões de euros até setembro passado.

Para Rui Riso, esta situação é “lamentável” até por não contabilizar os “não sei quantos milhões de lucro [que teve] durante anos”. Uma situação que o sindicalista contesta, questionado o tipo de participação das empresas na sociedade.“Se dá dinheiro fica-se, se não dá, fecha-se e atira-se a chave ao rio, mais uma vez esquecendo-se que há aqui pessoas de permeio”, disse.

Garantindo que o sindicato vai estar atento ao desenrolar de todo o processo, Rui Riso adiantou que irá pedir ainda esta quinta-feira uma reunião aos responsáveis do BBVA em Portugal.

O BBVA dispõe, actualmente, 83 balcões em Portugal, depois de ter chegado a deter perto de 150. Com esta decisão, o BBVA, que se estabeleceu no mercado português em 1991, junta-se ao Barclays, que também anunciou a opção de deixar de operar no território nacional. O banco britânico tem 150 balcões em Portugal e a retirada faz parte de um plano de reestruturação a nível global.

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