O ministro da Solidariedade anunciou hoje que em maio o desemprego reduziu-se 9,5% em termos homólogos, registando-se neste momento menos 67 mil portugueses inscritos nos centros de emprego face a 2013.
“Portugal tem pela primeira vez um nível de desemprego registado inferior ao nível registado em maio de 2012, o que vem consolidar ainda mais a tendência que se vem fazendo sentir”, disse o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, na abertura de uma interpelação ao Governo no Parlamento.
Citando os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional relativos a maio que irão ser divulgados ainda hoje, Mota Soares frisou que “em maio de 2014 o desemprego reduziu-se 9,5 por cento face ao ano anterior e quase um por cento face a 2012” e que de 2014 para 2013 existem menos 67 mil portugueses inscritos nos centros de emprego. Em maio de 2013 estavam inscritas nos centros de emprego 703.205 pessoas.
No mês passado, o números do IEFP já apontavam para uma redução do desemprego em termos homólogos, menos 8,3 por cento face ao mesmo mês do ano passado. Segundo o IEFP, no final de abril estavam inscritos nos centro de emprego um total de 668.023 desempregados. Desta forma, e de acordo com os números avançados pelo ministro da Solidariedade na Assembleia da República, o número de desempregados nos centros de emprego no final do mês de maio rondará os 636 mil.
No seu discurso na interpelação ao Governo agendada pelo Bloco de Esquerda, o ministro da Solidariedade já tinha salientado a importância de reverter “os preocupantes números de desemprego de 2013”, embora lembrando que a taxa de desemprego tenha subido de “forma gradual e constante” desde os anos 2000. “Depois de 15 meses consecutivos sem que o desemprego suba, a taxa é agora de 14,6 por cento, menos 2,8 pontos percentuais do que no início do ano passado”, vincou.
Relativamente ao tema do debate – a precaridade laboral – Mota Soares recordou igualmente alguns números, sublinhando que “a qualidade do emprego que Portugal está a gerar é hoje superior”. Por exemplo, lembrou, a população empregada a tempo completo aumento 114 mil no último ano, enquanto a população empregada a tempo parcial tem vindo a diminuir. Por outro lado, continuou, o número de trabalhadores por contra de outrem aumentou em 107 mil pessoas, sendo que os contratos a termo foram os que mais cresceram, representando hoje 73,2 por cento do total, contra os 71 por cento registados em 2012.
“Seja com contratos a termo, seja com contratos sem termo, houve sempre criação de emprego. Ambos os casos aumentaram em número. Mas a criança de contratos com termo foi de 28 mil novos casos, enquanto os sem termo foram de 95 mil novos contratos celebrados”, disse, salientando que os “novos empregos criado são sobretudo sem termo”.