Portugal é o terceiro país da União Europeia onde há um maior receio de erros e incidentes nos cuidados de saúde. Mais de sete em cada dez portugueses (75%) temem estes incidentes, enquanto a média dos 28 estados-membros é de 53%. Apesar do medo, apenas 14% dos inquiridos portugueses dizem ter experimentado algum problema deste género ou responderam ter tido conhecimento da ocorrência de erros médicos com familiares. A média europeia neste caso é de 27%.

Estes dados fazem parte do relatório do Eurobarómetro – “Segurança do paciente e qualidade dos cuidados” – um inquérito realizado em 2009 e repetido no final de 2013 em todos os países da União Europeia, junto de uma amostra de quase 28 mil pessoas, entre as quais 1055 portuguesas. Segundo o relatório, estima-se que 8 a 12% dos pacientes em hospitais da União Europeia já enfrentaram “problemas adversos”, que incluem erros nos diagnósticos e nos tratamentos e infeções hospitalares.

Entre aqueles que mais receiam complicações nos cuidados de saúde, os portugueses surgem depois dos cipriotas (82%) e dos gregos (78%). Os austríacos, os finlandeses e os estónios são os que consideram menos provável que algo aconteça em termos de erros médicos. Relativamente às infeções, é dito que todos os dias, um em cada 18 pacientes na UE sofrem este problema, que afeta 4,1 milhões de pacientes por ano, dos quais pelo menos 37 mil acabam por morrer.

Comparativamente com os resultados de 2009, os portugueses confiam mais nos cuidados de saúde prestados em Portugal, mas apenas 55% dizem que a qualidade dos serviços é boa, o que corresponde a um aumento de 13 pontos relativamente a 2009. A nível europeu, a maioria dos cidadãos (71%) inquiridos considera que os cuidados de saúde dos seus países é boa. Quase todos os inquiridos na Bélgica (97%), na Áustria (96%), em Malta e na Finlândia (94%) dizem que a qualidade geral do serviço de saúde no seu país é boa.

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