Prepare-se: a tecnologia não para de surpreender (e a criatividade também não). As pessoas já não sabem viver sem smartphones. É um regalo poder passear-se no Facebook, Twitter, Whatsapp ou Instagram à distância de um clique, onde quer que esteja. O vício virou coisa séria, virou fobia. Já se sentiu ansioso por querer mexer no telefone e não poder? Ou está de dez em dez segundos a tocar no visor para ver se recebeu alguma coisa? Pois bem, chama-se nomofobia. Na génese é o medo irracional de sair de casa sem o telefone.
Mas a solução está encontrada, parece. O conforto, a serenidade e a paz chegarão com o noPhone, conta o ABC. É fácil de imaginar: um “telefone” de plástico, que não pode enviar mensagens, nem fazer chamadas, muito menos pode tirar selfies ou mudar o seu estado no Facebook. O noPhone é, como chama o autor do artigo, um “telefone” de carências.
“O noPhone atua como substituto a qualquer dispositivo móvel inteligente, o que permite dispor de um rectângulo de plástico suave e frio sem renunciar ao ambiente onde está”, explicam na página online do produto. “O noPhone simula o peso exato e as dimensões do seu gadget mais querido para aliviar sentimentos gerados pela ausência de um verdadeiro smartphone.”
O site do noPhone tem uma secção para (falsos?) testemunhos, que, permitam-nos, é deliciosa. Vejamos: “Com o noPhone, a minha capacidade para o contacto visual melhorou 73%”, disse Whitney R. “Por causa do noPhone, durante uma semana, deixei de enviar mensagens ao meu ex-namorado quando estava embriagada”, disse Craig G. Ou a frieza de uma tal de Katie A: “Não é um telefone real”. Surprise, surprise…
A nomofobia afeta, segundo os primeiros estudos, 53% dos utilizadores de telemóveis. Esta patologia afeta mais os homens. Apenas 48% das mulheres sentem ansiedade quando estão com pouca bateria ou rede — os homens registaram 58%.