O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, desvalorizou hoje as declarações de Cristiano Ronaldo em relação à política de transferências do clube espanhol e referiu que a “lealdade” do futebolista português é “inquestionável”.
“Não vou criar polémica. Conheço muito bem o Cristiano. Está há cinco anos connosco, é o melhor do Mundo, sem dúvida e ainda mais este ano, e a sua lealdade é inquestionável”, referiu o dirigente máximo do clube.
Florentino Pérez respondia assim às declarações em que o avançado português disse que se fosse o responsável pelas contratações e saídas do clube não teria procedido da forma que o clube o fez, numa época em que saíram Xabi Alonso e Di Maria.
“Não tenho dúvida que não quis desconsiderar a política do clube, nem jogadores. Temos uma boa relação e acaba de me presentear com uma réplica da sua Bola de Ouro. Sei que lhe agradam os jogadores que vieram e não há discrepâncias”, acrescentou.
O dirigente falou também que não ter contratado Falcao, emprestado pelo AS Mónaco ao Manchester United, teve a ver com a valorização não só desportiva, mas económica, e que a opinião do técnico Carlo Ancelotti também foi fundamental.
Em relação à saída de Di Maria para o Manchester United, por 75 milhões de euros, Pérez revelou que ficou a dever-se a um pedido do internacional argentino, depois de o clube merengue não ter aceitado a exigência salarial do jogador.
“Um jogador que tem contrato em vigor vai-se embora porque quer. O Real Madrid cumpriu sempre os contratos em vigor. Não critico as pretensões económicas dos jogadores, que são lícitas, mas não as podemos satisfazer”, assinalou.
O presidente do Real Madrid explicou que o clube fez a melhor oferta possível ao extremo argentino, num determinado teto salarial que tem e que Di Maria não aceitou, justificando que acima disso só Cristiano Ronaldo.
“Nenhum jogador tem esse salário, à exceção de Cristiano Ronaldo, que é o melhor do Mundo”, referiu, acrescentando que se tivesse aceitado as pretensões de Di Maria haveria um agravamento financeiro que poria em risco a estabilidade financeira e desportiva.
