O presidente do grupo José de Mello disse nesta quinta-feira que só foi possível avançar com a oferta pública de aquisição concorrente daquela que é protagonizada pelos investidores mexicanos da Angeles sobre a totalidade do capital da Espírito Santo Saúde após um processo de redução de dívida. “O esforço financeiro que estamos disponíveis para fazer só e possível porque temos vindo a realizar, nos últimos tempos, um processo de redução de dívida, ao nível da ‘holding’ do grupo e também ao nível dos nossos principais negócios participados”, disse Vasco de Mello em conferência de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira.

Além deste “processo transversal” da redução da dívida, que passou designadamente pela venda de alguns ativos, a empresa sublinha que, enquanto líder da operação, assumirá a maior fatia dos capitais próprios envolvidos, apontando o nível de solvabilidade “muito confortável”, com uma dívida líquida de 70 milhões de euros e os meios libertados de quase 32 milhões de euros de EBITDA .(lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

A operação, avaliada em 420 milhões de euros, recorrerá a capitais próprios em cerca de um terço e o remanescente será obtido por financiamento bancário, concedido pelo Banco Santander e pelo Caixa Banco de Investimento. De acordo com o presidente da José de Mello Saúde, Salvador de Mello, a nova entidade que surgirá após a OPA terá um peso de 7% a 8% no mercado da prestação de cuidados de saúde.

O grupo José de Mello Saúde anunciou nesta quinta-feira ter lançado uma oferta pública de aquisição sobre a Espírito Santo Saúde para concorrer com o grupo mexicano Ángeles, cujo investimento total poderá chegar aos 420 milhões de euros. A oferta foi comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e implica uma contrapartida de 4,40 euros por ação, estando condicionada à aquisição de, pelo menos, 50,01% do capital do grupo dono do Hospital da Luz.

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