A Presidente da Assembleia da República recusou pedir ao primeiro-ministro mais documentação sobre o caso Tecnoforma. Assunção Esteves quer que o pedido formal, formulado inicialmente pelo PCP, tenha mais força que um requerimento de um partido e exige que seja o plenário a dar-lhe essa legitimidade.

O caso Tecnoforma está assim preso pelas formalidades. De acordo com o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, a interpretação tanto de Assunção Esteves como da maioria PSD/CDS na reunião desta terça-feira da conferência de líderes foi a de que era necessário um “impulso processual” para que fosse feito o pedido a Passos Coelho. Depois da recusa, o PCP admite agora apresentar um projeto de deliberação para que seja votado em plenário pelos deputados e assim tenha mais força.

Os comunistas queriam saber duas coisas: porque não declarou Passos Coelho no registo de interesses enquanto deputado o trabalho que desenvolveu enquanto presidente do Centro Português para a Cooperação e, em segundo lugar, quanto recebeu do Centro e em que condições, disse João Oliveira.

“O melhor seria que o primeiro-ministro prestasse já hoje os esclarecimentos que prometeu na Assembleia da República”, afirmou aos jornalistas, no final da reunião da conferência de líderes.

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