Esta quinta-feira decorreu mais uma apresentação da Apple, a tempo de colocar no mercado novos produtos para o Natal.
No mês passado foram apresentados os novos iPhone 6 e 6 Plus, máquinas de maiores dimensões, com melhor imagem e com a nova função Apple Pay, bem como o Apple Watch. A “keynote” de hoje, a última do ano, ocorreu no anfiteatro de Cupertino, sede da Apple. Esperava-se o anúncio dos novos iPad Air e iPad Mini, um iMac de 27 polegadas com ecrã 4K e do lançamento do novo sistema operativo Yosemite e do Apple Pay. Entre o que era esperado e o que aconteceu, não houve grandes surpresas.
Às 18h00 de Lisboa, Tim Cook subiu ao palco e começou com a revisão da matéria dada. Começou por falar no sucesso dos novos iPhone, os que mais venderam em menor espaço de tempo, em 30 dias as encomendas bateram todos os recordes. Estará disponível em 32 países até ao final do mês, com especial destaque para o lançamento na China.
O Apple Pay ficará ativo nos Estados Unidos da América já partir da próxima segunda-feira. Há 500 instituições bancárias que já se juntaram ao sistema, e são cada vez mais os grandes retalhistas a aderir a esta nova forma de pagamento. Depois, falou do Apple Watch que será posto à venda no início de 2015 e da nova aplicação para programadores, chamada Watchkit, que permitirá criar novas aplicações para o “relógio”.
Seguiu-se Craig Federighi, vice-presidente e responsável pelo departamento de engenharia de software da Apple, para falar do iOS 8 (para iPhone e iPad) e do Yosemite, o novo sistema operativo dos computadores. Começou por reforçar as novas funcionalidades do iOS8 e do “estado da arte” na adesão dos utilizadores, no aproveitamento e desenvolvimento dos programadores. Anunciou o iOS 8.1, a primeira atualização do novo sistema operativo móvel, que corrige os principais problemas e responde às principais solicitações dos utilizadores, nomeadamente o regresso do “Camera Roll” (as fotografias organizadas numa simples ordem sequencial).
Apresentou de seguida as principais funcionalidades do Yosemite e sublinhou a forma como funciona integrado com o iOS8, tomando partido das funcionalidades tais como o iCloud Drive (uma “nuvem” idêntica ao Dropbox) e a Continuidade (Handoff) que inclui a integração do SMS e telefone — usa o computador como terminal de chamada (aqui no Observador já estamos a usar o Yosemite desde as versões beta, funciona bastante bem). As funções de continuidade permitem, basicamente, trocar de um dispositivo para outro e retomar o trabalho no ponto onde o deixou.
O Yosemite está disponível gratuitamente a partir de hoje, bem como uma atualização do iWork. O sistema iOS 8.1 estará disponível a partir de segunda-feira.
Tim Cook regressou ao palco para falar do iPad, que já vendeu 225 milhões de unidades em todo o mundo. Apresentou o novo iPad Air 2, e passou a palavra a Phil Schiller, para explorar os detalhes. O novo iPad “grande” tem apenas 6.1 mm de espessura, é 18% mais fino que a versão anterior. Tal como os novos iPhone, os novos iPad têm um ecrã retina melhorado e um revestimento anti-reflexo (56% menos reflexo). Vem com um novo processador A8X, bateria com 10 horas de autonomia e destaque para a atualização da câmara traseira (passa a ter 8 MP), que com o novo processador, permite fazer tudo o que faz a do iPhone. A câmara do FaceTime (frontal) também foi melhorada. Ligações Wi-fi e LTE mais rápidas (até 150 MB/s) e claro, a esperada introdução do Touch ID, sistema que já existe no iPhone desde a versão 5S e que permite desbloquear o dispositivo através da leitura das impressões digitais. Estará disponível com 16, 64 e 128 MB de capacidade e uma nova versão em dourado. Tudo muito parecido com o iPhone. Preços a partir de 509€.
O iPad mini foi atualizado para a versão 3. Também inclui Touch ID e custa a partir de 409€. O iPad Air e o iPad mini 2 vão continuar à venda, 100 euros mais baratos. Estarão disponíveis para encomenda a partir de amanhã. O novo iMac com Retina Display era esperado e ficou a sensação que aqui sim, houve uma surpresa. A Apple anunciou o iMac de 27 polegadas com resolução 5K, ou seja, tem 7 vezes mais pixels que uma TV de alta definição. A imagem é tão complexa que foi preciso introduzir um microchip só para gerir a energia distribuída pelos pixels. Vai juntar-se aos modelos já existentes e vai custar 2699 euros. Finalmente, uma atualização há muito esperada: um novo Mac mini, uma máquina que não era atualizada há dois anos e que chega ao nosso mercado por 519€.