O presidente executivo Galp afirma que a empresa tem “um bom parceiro” para avançar com a prospeção de petróleo na costa alentejana entre 2015 e 2016 e que está confiante que o Governo dará ‘luz verde’ à proposta.

Em entrevista à Lusa, Ferreira de Oliveira adiantou que “muitas empresas” recolheram informação sobre o projeto de prospeção em águas profundas no Alentejo e que uma avançou com uma oferta, que está agora nas mãos do Governo.

“Tivemos uma oferta que nos pareceu um bom parceiro, que vem não só contribuir para que o projeto, em termos económicos, possa avançar, mas também pode trazer tecnologia e conhecimento que nos complementa e reforça”, declarou.

Manuel Ferreira de Oliveira recusou-se a divulgar o nome da empresa, remetendo o anúncio para quando “for deferido”: “Só poderemos anunciar quem é e em que condições quando o que submetemos ao Governo for deferido e, quando for, comunicaremos ao mercado”.

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“Se não tropeçarmos em alguma surpresa, que estas coisas às vezes acontecem, deveríamos estar em condições de participar na perfuração do primeiro poço no ‘ultra deep offshore’ português [águas ultra profundas] entre 2015 e 2016”, avançou.

O presidente executivo da Galp precisou que a tecnologia necessária deveria começar a ser mobilizada já em 2015 para arrancar efetivamente em 2016.

Em entrevista à Lusa, o gestor explicou que a taxa média de sucesso exploratório no mundo é de cerca de 20%, realçando que na costa alentejana é “substancialmente inferior a 20%”.

“Isto é, erramos muito mais do que acertamos”, adiantou.

Daí que quando a brasileira Petrobras anunciou o encerramento das atividades em Portugal, no final de 2013, a Galp tenha começado a procurar novos parceiros para dividir a participação de 100% na concessão e o risco exploratório.

“Em projetos desta natureza, preferimos fazer cinco projetos, em que temos 20% em cada um, do que um em que temos 100%. Temos que ser humildes nesta matéria”, concluiu.