A Polícia Judiciária está a investigar negócios de permuta de imóveis celebrados entre o ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, e os seus pais, por suspeitas de branqueamento de capitais, revela a edição desta segunda-feira do Correio da Manhã (CM).

Em causa está uma quinta no Douro, em Baião, que Luís Filipe Menezes apresentou publicamente como sendo sua, mas que, desde 13 de novembro de 2013, pertence aos progenitores do ex-autarca, que a terão adquirido através de um negócio de permuta de imóveis no valor de 500 mil euros.

O valor e as condições do negócio fizeram soar os alarmes da PJ porque os pais de Luís Filipe Menezes – a mãe, professora reformada e o pai, gerente de uma loja de camisas – não dispõem, alegadamente, de rendimentos que lhes permitam suportar uma transação nestes termos. O facto de um apartamento T5 ter sido moeda de troca num negócio semelhante entre Menezes e os pais, a 3 de outubro de 2012, causou, também, estranheza à PJ.

Na altura, o social-democrata entregou aos pais um T5, situado nas proximidades do Parque da Cidade do Porto, avaliado pelo Fisco em 75.650 euros, mas que, para efeitos da permuta, passou a ser avaliado em 372.500 euros. Em sentido inverso, recebeu também um apartamento T5, cujo valor patrimonial era de 504.870 euros. Ou seja, o imóvel que Menezes entregou aos pais sofreu uma valorização de 392%, segundo a escritura de permuta de imóveis a que o CM teve acesso.

No último negócio, foi esse apartamento T5, situado na Rua António Aroso, no Porto, que serviu de troca para que os pais do ex-autarca pudessem adquirir a quinta e os seis terrenos no Douro, que, dessa maneira, deixaram de estar em nome de Luís Filipe Menezes. Ainda segundo a mesma publicação, os pais continuam a viver num apartamento arrendado, junto à Igreja do Bonfim, na cidade Invicta.

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