O sucesso de Taylor Swift é uma anomalia numa indústria doente e em declínio desde o ano 2000. Além disso, a cantora é tida como a indústria da música. Quem o diz é a Bloomberg Businessweek que faz capa com a artista na edição de 17 a 23 de novembro. A Time, ao que parece, pensa de forma igual e também a coloca na capa, com o título “O poder de Taylor Swift”. Em ambas as publicações os artigos exploram a ascensão à fama de uma jovem mulher de 24 anos que, nascida no universo country, está a convencer a cultura da música pop do seu valor.
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1989. Não é uma data, mas sim o primeiro álbum de Taylor Swift oficialmente dedicado à música pop. Uma estreia musical que, contam os números, vive tempos e recordes áureos: o álbum vendeu 1.29 milhões de cópias em todo o mundo na primeira semana de vida, segundo a Bloomberg Businessweek. É a semana com mais vendas desde “The Eminem Show”, em 2002, e o maior lançamento discográfico dos últimos dois anos, ultrapassando pesos pesados como Beyoncé, Coldplay e Lady Gaga — numa segunda semana são esperadas 400 mil cópias vendidas.
Na altura em que o álbum chegou às primeiras prateleiras, Swift tinha cinco músicas no Billboard Hot 100, incluindo “Shake It Off”, o primeiro single do novo trabalho discográfico que permanece confortavelmente no número 1 da tabela. A cantora tem ainda dois álbuns no Billboard 200 — o de 2012, “Red”, está na posição 48 e aquele de 2008, “Fearless”, no número 117.
Talvez por isso Swift tenha decidido, no início do mês, fechar as portas ao Spotify. A única música que ficou para trás foi a “Safe & Sound”, que integra a banda sonora de “The Hunger Games”, e ainda aí pode ser ouvida. Já antes, em 2012, a cantora barrou a entrada do álbum “Red” na plataforma online. E porquê? Segundo o que escreveu no Wall Street Journal, no início do ano, a pirataria e a partilha de ficheiros são responsáveis pela queda “drástica” das vendas de álbuns. O mesmo motivo é referido na entrevista que dá à Time, ao afirmar que a música deve ser valorizada como se de arte se tratasse. Swift mostra-se ainda como uma voz contracorrente: porque “todos” se queixam da diminuição das vendas mas que ninguém faz nada para mudar essa realidade.
Uma coisa é inegável: a fama parece indissociável da artista que, recentemente, foi eleita Mulher do Ano pela Billboard — é a única a ganhar o mesmo prémio duas vezes, sendo que a primeira distinção chegou em 2011. A revista People, que celebrou recentemente 40 anos de existência, escolheu ainda a cantora para recriar a primeira capa da publicação, datada de 1974 e que contou à data com a participação da atriz Mia Farrow.
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A julgar pela frequência com que Swift é convidada para fazer capas de revistas, ainda há muita tinta por correr. Até lá, os fãs podem seguir-lhe o rasto nas redes sociais — seja através do Instagram, onde estão imagens que facilmente mostram o sucesso da jovem de 24 anos, ou no Facebook.