Os revisores e os trabalhadores das bilheteiras da Comboios de Portugal (CP) convocaram uma greve para 24 de novembro, para contestar a proposta do Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), nomeadamente o congelamento dos salários.

A CP ainda está a avaliar os potenciais impactos que a paralisação poderá ter na operação, adiantando que informará atempadamente os passageiros para poderem programar as suas viagens, adiantou à Lusa fonte oficial da empresa.

A Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração ferroviária (ASCEF) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) entregaram o pré-aviso de greve para 24 de novembro, véspera da votação final do OE2015. Entretanto, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) apelou à união dos trabalhadores, desafiando os que não estão abrangidos pelo pré-aviso de greve para que “manifestem a solidariedade com uma luta que devia ser de todos”.

Abílio Carvalho, coordenador do SNTSF, explicou à Lusa que o sindicato não conseguiu entregar o pré-aviso de greve por não ter tido resposta “em tempo útil” dos demais sindicatos, mas defende que “os trabalhadores se devem mobilizar contra a política e gestão que estão a degradar as condições salariais e profissionais dos ferroviários”.

Segundo o dirigente sindical, “os trabalhadores estão confrontados com uma proposta de OE2015 que mantém o bloqueio da negociação coletiva, que congela e reduz os salários dos trabalhadores, que continua a roubar o direito ao transporte de ferroviários e reformados e continua a roubar o direito a diuturnidades”.

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