É segunda-feira, o despertador toca e a maioria das vezes cede-se à tentação de se carregar no botão que atrasa o acordar. “Só mais dez minutos”, pensa-se. Saiba que não está sozinho, só em Espanha 66,7% da população confessou repetir este gesto a cada segunda-feira, diz o estudo “O ciclo da luz: O efeito segunda-feira” levado a cabo pela Philips e pela consultora espanhola Conecta.

O relatório mostra que a forma e o tempo que se dorme na noite de domingo para segunda tem muita importância na maneira como se enfrenta o resto da semana de trabalho, conta o espanhol ABC. E os espanhóis parecem concordar, na categoria de ações que afetam o bem-estar durante a semana, que dormir bem está à frente (39,7%) seguido de passar tempo com a família (30,6%), praticar uma boa alimentação (17,4%) e, por fim, a prática de exercício (12,3%).

O jornal espanhol revela ainda que a luz a que estamos expostos durante o dia pode ser determinante para a maneira como vamos dormir durante a noite. Essa deve ser, sempre e o máximo possível, natural; a luz artificial atrasa em 30 minutos o nosso ciclo biológico e, por isso, temos tendência a dormir todos os dias mais 30 minutos do que na noite anterior.

Mas não desespere, há maneiras de reverter esta sensação – que se acumulada vai fazer com que se chegue a segunda-feira com necessidade de dormir mais três horas.

O ideal seria dormir oito horas por noite, tal como aconselha a Organização Mundial de Saúde. Não sendo possível, deve durante o período da manhã submeter-se ao máximo de luz e clariedade que conseguir para acordar o seu organismo, da mesma forma que à hora de deitar deve diminuir gradualmente a luz até estar às escuras.

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Mas o que afeta mais o sono dos espanhóis à segunda-feira? Identifica-se com alguns deles?

  • Acordar pelo menos uma vez durante a noite
  • Mudança de hora de verão para inverno
  • Falta de horários regrados durante o fim de semana
  • Viver na zona centro, o movimento da rua faz com que não consiga dormir bem

Este último motivo é uma discussão frequente, um tema recorrente nos moradores do centro das cidades ou das zonas mais movimentadas. E uma questão bastante atual na realidade portuguesa, trazida a público pelos moradores do Cais do Sodré que se queixam do barulho e da confusão durante a noite.