O Ministério Público (MP) acusou um homem de 58 anos de 682.447 crimes de pornografia infantil agravada, indicou nesta quarta-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL). Segundo a PGDL, ficou “suficientemente indiciado” que o arguido guardava nos seus computadores e demais dispositivos de armazenamento eletrónico um total de 682.447 imagens, que continham “atos de pornografia ou de abuso sexual” com raparigas entre os dois e os 13 anos.

A PGDL adianta que o arguido, que se encontra em prisão preventiva, partilhava as imagens através da Internet e vendia-as com “intuitos lucrativos”. “As imagens representam crianças vítimas de atos de abuso sexual grave partilhadas ou vendidas pelo arguido com fins lascivos e lucrativos, em completa indiferença ao sofrimento causado a estas vítimas”, refere a PGDL, sublinhando que o arguido também produziu vídeos com imagens de crianças que recolhia com uso de uma câmara oculta, em espaços públicos.

De acordo com a Procuradoria, o homem detinha na sua residência “bonecas insufláveis com tamanho de crianças adaptadas a serem usadas para sua satisfação sexual”. Segundo a PGDL, a partilha e venda das imagens através de diversos “sites” da Internet ocorreu, pelo menos, entre 2010 e 2014, tendo o arguido sido detido em junho deste ano.

Nas buscas realizadas foi apreendido todo o material eletrónico, computadores, ficheiros e demais equipamento utilizado para a prática destes crimes cuja perda a favor do Estado foi promovida pelo MP.

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