Até 15 de dezembro, as autoridades de saúde registaram 375 casos de infeção por Legionella e 12 óbitos, de acordo com o relatório final do surto da doença dos legionários publicado esta segunda-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

Os óbitos confirmados até à data devido a doença dos legionários – nove homens e três mulheres – tinham idades compreendidas entre os 43 e os 89 anos. A taxa de letalidade do surto foi de 3,2%.

Olhando para o universo dos infetados, cuja idade média é de 58 anos, 78% dos doentes residem em Vila Franca de Xira, 11% no concelho de Loures e 11% habitam noutras freguesias e “todos os casos identificados tiveram ligação epidemiológica (residência, trabalho, permanência ou deslocação) ao concelho de Vila Franca de Xira ou freguesias limítrofes de outros municípios”, garantem as autoridades.

Encontram-se ainda hospitalizados oito doentes, sendo que nenhum está nos cuidados intensivos.

A DGS, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e a Agência Portuguesa do Ambiente sublinham a “articulação intersetorial e a prontidão de intervenções conjuntas”, bem como distinguem a colaboração dos representantes autárquicos e a resposta das unidades hospitalares.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Tal como já tinham dito anteriormente, ficou também já demonstrada a correspondência da estirpe de bactérias isoladas numa das torres de arrefecimento de uma unidade fabril local com a estirpe identificada em secreções brônquicas de doentes. E até ao dia de hoje, o mandado de suspensão do funcionamento das torres de refrigeração das fábricas inicialmente suspeitas foi revogado em todos os casos, exceto numa empresa. Essa empresa é a Adubos de Portugal, como já foi noticiado.

Neste momento o Ministério Público está a investigar uma possível prática de crime de poluição, encontrando-se o processo em segredo de justiça.