A Estradas de Portugal anunciou este domingo que as portagens na Via do Infante (A22), que atravessa o Algarve, renderam 28,2 milhões de euros de receita em 2014, o que representou uma subida de 4,5 milhões relativamente ao ano anterior.

O valor cobrado pela empresa permitiu, segundo a Estradas de Portugal, reduzir em 47 por cento o valor suportado pelos contribuintes antes da introdução de portagens, quando a via ainda era uma autoestrada Sem Custos para o Utilizador (SCUT).

Esta redução de encargos foi conseguida, segundo a Estradas de Portugal, através da “significativa redução dos encargos já conseguida, decorrente da renegociação do contrato de concessão”, e do “aumento da receita devido ao aumento de tráfego e à contínua melhoria na eficiência da cobrança”.

“Para esta subida contribuiu naturalmente não só o maior volume de utilizadores da Via do Infante, que demonstram maior disponibilidade para pagar a utilização desta via, mas também o aumento do nível de cobrança conseguido junto dos condutores de veículos de matrícula estrangeira”, justificou a Estradas de Portugal num comunicado.

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A empresa que gere a rede viária nacional frisou que, para este aumento, contribuíram também “as regulares ações de fiscalização, de informação”, mas também a criação de métodos mais fáceis de cobrança das portagens eletrónicas desde 2012.

A Estradas de Portugal frisou que, nos últimos dois anos, as receitas com a antiga SCUT do Algarve “aumentaram 38%” e a via recuperou tráfego, tendo em 2014 sido a concessão que mais cresceu, com 19 por cento relativamente ao ano de 2013.

“A Estradas de Portugal registou em 2014 uma receita de portagem proveniente da Via do Infante – A22 de 28,2 milhões de euros. O valor cobrado nesta autoestrada, que até 2012 era exclusivamente suportado pelo dinheiro dos contribuintes, atingiu os 72,1 milhões de euros nestes últimos três anos”, precisou a empresa num comunicado.

As receitas têm vindo a aumentar desde a introdução de portagens, em dezembro de 2011, alcançando no ano seguinte receitas de 20,4 milhões de euros e de 23,7 em 2013, valor que cresceu 4,5 milhões no ano passado, situando acima dos 28 milhões de euros em 2014, frisou a empresa.

A Estradas de Portugal observou que a “concessão do Algarve (A22) registou a maior subida da receita em 2014, destacando-se em primeiro lugar de entre todas as restantes concessões onde foram implementadas portagens” — a da Beira Interior, a da Beira Litoral e Alta, a da Costa de Prata, a do Grande Porto, a do Interior Norte e a do Norte Litoral.

A empresa contrapôs que a receita obtida é ainda “insuficiente para fazer face aos encargos anuais com a autoestrada”, embora em 2014 se tenha conseguido “superar pela primeira vez os 50%”, no balanço entre as receitas e os encargos com a A22.