Se ainda é do tempo em que se podia fumar na parte de trás dos autocarros da Carris, talvez tenha passado por uma viagem destas, em que se uniam duas condições: veículos enormes e ruas estreitas, pensadas para carroças e charretes.

Apesar da noção espacial e da perícia requeridas para fazer passar os autocarros por estas ruelas lisboetas — principalmente sem os sensores e direções assistidas dos tempos que correm — a verdade é que, mal ou bem, e com mais ou menos tinta perdida, nenhuma das carreiras em questão deixou de chegar ao seu destino.

Para quem está habituado às mordomias dos autocarros deste século, em que basta uma mensagem ou um email para saber se ele está atrasado ou não, os registos fotográficos da época são especialmente curiosos. E podem encontrar-se muitos outros, inclusive em ruas menos apertadas, na página de Flickr de homenagem à Guy Motors, a empresa britânica que fabricava grande parte da frota da Carris nesta época.

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