O antigo primeiro-ministro de Singapura Lee Kuan Yew, de 91 anos, encontra-se na unidade de cuidados intensivos devido a uma pneumonia grave, mas a sua condição é “estável”, informou, este sábado, o governo da Cidade-Estado. “A sua condição estabilizou e ele continua a respirar com a ajuda de um ventilador na ICU [Unidade de Cuidados Intensivos, na sigla em inglês]. Ele está consciente e levemente sedado”, refere um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

Lee Kuan Yew deu entrada no hospital no passado dia 5 com uma pneumonia aguda. Apesar ter abandonado a cena política, o seu estado de saúde é seguido de perto, uma vez que continua a ser visto como uma figura influente para o Executivo do primeiro-ministro Lee Hsien Loong, o seu filho mais velho.

Lee Kuan Yew retirou-se da vida política em 2011, na sequência do avanço obtido pela oposição nas eleições legislativas, o qual representou uma viragem na Cidade-Estado dominada pelo Partido de Ação Popular (PAP) há mais de meio século. A 7 de maio de 2011, o partido no poder conquistou 81 dos 87 lugares mas, em consequência das restrições às liberdades políticas, a oposição obteve o melhor resultado histórico triplicando o número de deputados.

Lee Kuan Yew foi o primeiro chefe de Governo de Singapura, em 1959, quando a Cidade-Estado se libertou do domínio britânico, permanecendo no cargo durante um excecional longo período de tempo: até 1990. Durante essas três décadas, Singapura experienciou um espetacular desenvolvimento económico, tornando-se num dos “tigres asiáticos”.

Esse sucesso é amplamente atribuído a Lee Kuan Yew, personalidade influente não apenas na Cidade-Estado mas na Ásia. Lee Kuan Yew renunciou ao cargo em 1990 para dar lugar ao seu braço-direito, Goh Chok Tong, quem, por sua vez, cedeu o poder a Lee Hsien Loong em 2004.

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