O jihadista do Estado Islâmico (EI) conhecido como “John” e identificado como o britânico Mohammed Emwazi recebeu terapia na escola para controlar a agressividade porque estava sempre a lutar com os colegas, refere um professor. Mohammed Emwazi, identificado como o homem de cara tapada que aparece nos vídeos divulgados pelo Estado Islâmico sobre a decapitação de reféns ocidentais, foi aluno do colégio Quintin Kynaston, a noroeste de Londres.

Falando à BBC, o professor, cujo nome não foi divulgado, disse que o jovem Emwazi precisava de ajuda para controlar as suas emoções, mas adiantou que o seu temperamento melhorou após a terapia e que, apesar de tudo, era um “estudante adorável” com grande interesse pelo sucesso na sua vida.

“Víamos que se enraivecia e trabalhávamos isso com ele. Demorava muito tempo para se acalmar e então nós trabalhámos muito como escola para o ajudar a lidar com a sua raiva e a controlar as suas emoções”, disse o professor, segundo o qual, Mohammed Emwazi “parecia funcionar e respeitava todo o trabalho feito por ele” na escola.

O professor destacou que o rapaz não vinha de uma situação familiar difícil e deixou a escola com boas notas. Emwazi nasceu no Kuwait, mas tem nacionalidade britânica, licenciou-se em informática no Reino Unido e estava referenciado pelos serviços de segurança nacionais desde pelo menos 2009.

Conhecido como “Jihadi John”, este dirigente do EI foi visto pela primeira vez numas imagens divulgadas pelo próprio Estado Islâmico, em agosto de 2014, a decapitar o jornalista norte-americano James Foley. Apareceu também nos vídeos relacionados com o jornalista norte-americano Steven Sotloff, o voluntário humanitário britânico David Haine, a voluntária norte-americana Abdul-Rahman Kassig e o taxista britânico Alan Henning.

Emwazi, 27 anos, captou a atenção pelo seu forte sotaque britânico nos vídeos e porque colocava uma faca junto ao pescoço dos reféns, prestes a decapitá-los, antes de cortar as imagens. O Governo britânico manifestou a sua preocupação com os casos de jovens muçulmanos que viajam para a Síria para se juntar ao EI. O último caso é o de três adolescentes entre 15 e 16 anos, que recentemente viajaram para a Turquia e, em seguida, para a Síria.

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