O Presidente Nicolás Maduro, anunciou hoje que irá pedir ao parlamento venezuelano que aprove uma “Lei Habilitante” que lhe concede poderes especiais para legislar por decreto contra o imperialismo na Venezuela.

“Vou solicitar uma ‘Lei Habilitante’, anti-imperialista, para preparar todos os cenários e ganhar todos, triunfar em todos, com a paz”, disse, depois de fazer uma alusão às recentes sanções dos Estados Unidos contra funcionários venezuelanos.

Nicolás Maduro falava durante uma reunião com ministros, o alto comando político da revolução e o alto comando militar venezuelano, transmitida em direto e de maneira obrigatória através das rádios e televisões do país, desde o palácio presidencial de Miraflores.

O Presidente venezuelano explicou ter elaborado uma lei que lhe confere “poderes especiais para preservar a paz, a integridade e a soberania do país perante qualquer circunstância que se possa apresentar com esta agressão imperialista”.

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“Por isso, amanhã na sessão da Assembleia Nacional, o vice-Presidente Executivo, Jorge Arreaza, vai entregar ao presidente do parlamento, Diosdado Cabello, o pedido para uma Lei Habilitante especial e extraordinária”, disse.

Barack Obama ordenou segunda-feira a aplicação de novas sanções a sete altos responsáveis venezuelanos, atuais e antigos, que acusa de violação dos direitos humanos.

As sanções a aplicar aos sete altos responsáveis venezuelanos, entre os quais o diretor-geral dos serviços secretos e o diretor da polícia nacional, são a proibição de entrada nos Estados Unidos e congelamento de bens.

Outro dos alvos das sanções é Katherine Nayarith Haringhton Padrón, a procuradora do Ministério Público que acusou o presidente da câmara de Caracas, Antonio Ledezma, de conspiração para cometer golpe de Estado.

“Estamos profundamente preocupados com o aumento das iniciativas do Governo venezuelano para intimidar os seus opositores políticos”, indicou a Casa Branca num comunicado em que anunciou a assinatura da ordem de execução de uma lei aprovada no final de 2014.

Obama declarou igualmente que existe uma situação de “emergência nacional” nos Estados Unidos devido ao “extraordinário risco” que representa a situação na Venezuela para a segurança norte-americana.