A Estradas de Portugal (EP) registou um lucro de 17 milhões de euros em 2014, um aumento de 12% face aos 15 milhões de euros do ano anterior, anunciou nesta segunda-feira o presidente da empresa, António Ramalho.

Na conferência de apresentação dos resultados de 2014, a decorrer na sede da empresa, em Almada, o presidente da EP salientou o crescimento dos proveitos, que ultrapassaram os 800 milhões de euros, com especial destaque para o comportamento das receitas de portagem e da Contribuição para o Serviço Rodoviário (CSR).

As receitas de portagem aumentaram 9% em 2014, para 262 milhões de euros, com destaque para as ex-SCUT, em que as receitas subiram 10% face ao período homólogo. Já a CSR cresceu 4% no último ano para 531 milhões de euros.

Refer mantém prejuízos de 89 milhões de euros

A Refer – Rede Ferroviária Nacional fechou 2014 com prejuízos de 89 milhões de euros, o que corresponde ao resultado obtido em 2013, beneficiando de um crescimento do tráfego, sobretudo de mercadorias.

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Em 2014, a gestora da rede ferroviária teve receitas operacionais de 191,6 milhões de euros, mais 13% em termos homólogos, enquanto os custos operacionais subiram 12% para 233,7 milhões de euros.

Num ano marcado pela preparação do processo de fusão com a Estradas de Portugal, a Refer reduziu em 10% os custos com pessoal, para 81 milhões de euros, resultado da queda do efetivo médio e pelo reconhecimento de cinco milhões de euros em 2013 relativos à reposição do subsídio de férias. A Refer encerrou 2014 com 2.522 trabalhadores, menos 24 do que no ano anterior.

Redução de efetivos só com concordância dos trabalhadores

O presidente da Infraestruturas de Portugal, António Ramalho, empresa que reúne a EP e a Refer, afirmou que uma eventual redução do número de efetivos na sequência da fusão da Estradas de Portugal e da Refer só se fará com a “natural concordância dos próprios trabalhadores”.

“Iremos fazer o que é normal do ponto de vista da gestão. Tivemos uma redução de efetivos, quer na Refer quer na Estradas de Portugal [EP] nos últimos anos, que tem sido feita com a natural concordância dos próprios trabalhadores, e manteremos essa política para o futuro”, afirmou António Ramalho, na conferência de imprensa de divulgação dos resultados das duas empresas.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da empresa que nascerá da fusão das gestoras da rodovia e da ferrovia realçou que “a fusão não altera em nenhuma circunstância a situação dos trabalhadores”.