Pelo menos 62 crianças foram mortas e 30 ficaram feridas no Iémen durante os combates ocorridos a semana passada, denunciou esta terça-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). “As crianças precisam desesperadamente de proteção e ambas as partes dos conflitos devem fazer tudo para manter as crianças a salvo”, disse a representante da UNICEF do Iémen, Julien Harneis.

O Iémen vive uma crise política desde 22 de janeiro passado, na sequência da renúncia do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi e do seu Governo, dois dias depois de a milícia xiita “huthis” assumir o controlo do palácio presidencial. Os “huthis” já assumiram o controlo de sete províncias do país, mas a ONU considera Abd Rabbo Mansur Hadi como o “Presidente legítimo” do Iémen.

O Presidente reconhecido pela comunidade internacional exilou-se a semana passada na Arábia Saudita, país que lidera uma coligação árabe que iniciou bombardeamento no Iémen sobre posições dos rebeldes.

Na segunda-feira, os ataques da coligação atingiram um campo de deslocados, que provocaram dezenas de mortes e feridos, informaram os rebeldes. A ONU confirmou esta terça-feira que pelo menos 29 civis morreram e 41 ficaram feridos no ataque.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos alertou para a rápida deterioração da situação no Iémen e avisou que o país se encontra próximo do “colapso total”.

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