As portuguesas Sara Moreira e Dulce Félix assumiram nesta terça-feira a ambição de melhorar os respetivos recordes pessoais na maratona de Londres, no próximo dia 26 de abril, escusando-se a apontar como objetivos posições na classificação. Ambas conseguiram os melhores registos em Nova Iorque, onde Dulce Félix cumpriu o percurso em 2:24.40 horas, em 2011, e Sara Moreira percorreu os 42,195 quilómetros em 2:26.00 horas, na sua estreia na distância, em novembro de 2014, sem que isso lhe coloque a fasquia demasiado elevada.

“Não há responsabilidade acrescida, vai ser a minha segunda, fiz 2:26.00 horas e fui terceira. Não estou preocupada com lugares, sei que, à partida, vou melhorar a marca, porque fiz tudo o que posso controlar para conseguir melhorar o recorde pessoal”, explicou Sara Moreira, na apresentação do novo modelo de sapatilhas da marca que a patrocina.

A atleta do Sporting detém a 12.ª melhor marca entre as inscritas na corrida londrina e está confiante de que poderá batê-la: “É a marca que quero bater, foi para isso que me preparei e agora só quero prová-lo naquele dia.” “O lote de atletas em Londres é muito forte, com as melhores atletas de sempre e do mundo na distância. Gostava de me intrometer entre elas e não é impossível, como provei em Nova Iorque, por isso, um lugar entre as oito primeiras era muito bom”, realçou Sara Moreira, rejeitando qualquer rivalidade com Dulce Félix.

A atleta do Benfica, que se apresenta com a 11.ª marca entre as presentes em Londres, prometeu “tentar correr para 2:25 ou até abaixo”, reconhecendo que esse é o seu objetivo. “O lugar não é o mais importante, mas sim a marca. Não faço uma preparação como fiz em 2011, quando consegui o meu recorde pessoal, que é de 2:25.40 horas. Da maneira como me tenho sentido, acho que tenho tudo para me aproximar ou até bater o meu melhor tempo”, sublinhou.

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Até porque, segundo Dulce Félix, a classificação final depende sobretudo do ritmo que for imposto na corrida pela ‘elite’ africana, comandada pela queniana Edna Kiplagat, vencedora em 2014, mas também pelas compatriotas Mary Keitany, vencedora em 2011 e 2012, Prischa Jeptoo, que ganhou em 2013, e a detentora da melhor marca da meia-maratona Florence Kiplagat.

“As africanas, principalmente no ano em que fiz o meu recorde pessoal, partiram logo ‘roda no ar’, para uma grande marca, quando eu desisti, ganharam com 2:28, acho que depende do ritmo que puserem na corrida, porque não queremos ser nós a suportar a ‘despesa’ da corrida, que eu já fiz em Boston, quebrando muito no final”, salientou Dulce Félix.

No mesmo evento promovido pela Adidas, Sara Moreira reconheceu que a maratona de Londres vai ser decisiva para decidir que prova vai disputar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. “Eu vou continuar a fazer pista, certamente, Londres vai ser decisivo para escolher se faço 10.000 metros ou a maratona nos Jogos Olímpicos, porque ser maratonista vai depender de outros fatores”, rematou.