Coscuvilhar, bisbilhotar, mexericar ou, em bom madeirense, bilhardar, são tudo palavras para descrever o mesmo: falar da vida alheia ou ser incapaz de guardar um segredo que lhe foi confiado. Mas ao que parece, esse ato tem consequências benéficas para a saúde.

De acordo com um estudo, o acto de manter um segredo não só exerce um peso emocional, como pode provocar danos físicos. Guardar um segredo é semelhante a carregar fisicamente um peso e pode sugar a sua energia.

Michael Slepian, professor assistente na Columbia Business School, em Nova Iorque, e co-autor do estudo, disse que “estar preocupado com um segredo no trabalho pode ser desmotivante”, acrescentando que “o fardo do secretismo pode tornar as coisas que o rodeiam mais desafiantes, e se estiver menos motivado para ultrapassar esses desafios, o seu desempenho pode ser afetado”.

O problema dos segredos é preocuparem-no em demasia — quanto mais pensa neles, mais desgaste motivacional, intelectual e pessoal terá.

Ao contrário do que se possa pensar, o estudo concluiu que não são as mulheres as primeiras a revelarem um segredo à melhor amiga, mas sim os homens. Graças à era digital, os homens já nem esperam encontrar-se com os amigos num bar para “darem com a língua nos dentes”, aguentando normalmente três horas até revelarem um segredo.

Praticamente metade dos homens que participaram no estudo admitiram que passavam a informação nos minutos que se seguiam a terem ouvido o segredo. Já as mulheres disseram aguentá-lo por, pelo menos, três horas e meia antes de o contarem a alguém, muito provavelmente acompanhado da frase: “não contes a ninguém”.

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