As luzes da ribalta parecem iluminar os sonhos de milhares de pessoas por todo o mundo e em todos os campos da sociedade. Alcançar a fama não é tarefa fácil, mas existe um grupo de engenheiros que diz ter descoberto a fórmula científica para ser (re)conhecido.

O segredo estava guardado no mundo do xadrez, diz o ABC: Mikhail Simin e Vwani Roychowdhury, da Universidade da Califórnia, compararam as conquistas dos jogadores mais famosos com o impacto social que eles tiveram.

Conceitos demasiado relativos? Para encontrar objetividade no estudo publicado no MIT Technology Review, os engenheiros determinaram que o mérito profissional dos jogadores dizia respeito à pontuação Elo – uma fórmula física criada pelo americano Arpad Elo em 1978 -, utilizada pela FIDE – World Chess Federation. Quanto ao impacto social, esse definia-se de acordo com as entradas relativas ao jogador no Google.

Os engenheiros estudaram então os casos de 371 mestres do xadrez nascidos entre 1901 e 1943, de modo a descobrir a natureza da fama. Primeira conclusão: quanto maior o número de conquistas desportivas, maior a fama. 

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Mas existe outro dado a ser considerado: a fama excede o mérito profissional. A provar este resultado estão Bobby Fischer e Mijail Botvinnik. O primeiro é um americano que se tornou campeão mundial em 1972, depois de ter derrotado os russos, enquanto Botvinnik é também um campeão do mundo de xadrez que levou este desporto até à União Soviética.

O soviético tornou-se campeão do mundo mais vezes que o americano, mas as 173 mil entradas referentes de Botvinnik no Google não conseguem rivalizar com as quase 2 milhões de sites sobre Fischer no mesmo motor de busca. E esta diferença reside nos meros 6% que separam Botvinnik de Fischer, no que concerne às suas conquistas profissionais.

Tendo isto em conta, os engenheiros chegaram a uma conclusão: se quer ser conhecido tem de aumentar as suas conquistas profissionais, porque a fama aumenta de forma exponencial em relação ao mérito.