O Governo recebeu esta segunda-feira cinco propostas de interessados na subconcessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa. Os cinco são portugueses, franceses, espanhóis e britânicos, confirmou o Ministério da Economia. Um dos candidatos à gestão da Carris é o consórcio Barraqueiro/TCC, de Humberto Pedrosa, que também pertence, juntamente com David Neeleman ao consórcio Gateway – vencedor da corrida à privatização da TAP.

Das cinco propostas recebidas duas são para gerir de forma autónoma cada uma das empresas (uma para a Carris, outra para o Metro), enquanto as outras três propõem-se a gerir as duas empresas numa exploração conjunta.

Entre os que apresentaram uma proposta conjunta para a subconcessão das duas empresas encontra-se a transportadora parisiense RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens), a britânica National Express e a espanhola Avanza. Na Carris estão interessados ainda a Barraqueiro – que faz parte do consórcio que recentemente venceu o concurso para a privatização da TAP – em conjunto a TCC (Transports Ciutat Comtal), que integra o consórcio que venceu o concurso público para a subconcessão da STCP, transportes públicos do Porto. Para a gestão do Metro de Lisboa candidatou-se ainda a francesa Transdev.

“Temos um processo competitivo como o Governo esperava e agora é preciso que a empresa e o próprio júri façam todos os procedimentos que se seguem, no sentido de podermos rapidamente tomar uma decisão”, disse o secretário de Estado dos Transportes Sérgio Monteiro, sem acrescentar pormenores, à margem da “Conferência Portugal-Timor Leste”, na Assembleia da República.

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Em maio, fonte da Transportes de Lisboa tinha afirmado, numa resposta enviada à agência Lusa, que a empresa esperava receber “propostas de cerca de seis interessados, com propostas para a Carris, propostas para o Metro e propostas contemplando ambas as empresas”.

A Transportes de Lisboa, ‘holding’ que administra o Metropolitano de Lisboa e a Carris, além da Transtejo/Softlusa, revelou ainda que “foram 15 as entidades que levantaram o caderno de encargos”, sem adiantar quais, “dado o processo não estar fechado”. De fora desta subconcessão fica a Carristur, empresa dedicada ao turismo detida pela Carris.

Ainda em declarações à Lusa, no início de junho, o presidente da Transportes de Lisboa, Rui Loureiro, revelava que os contratos das subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da Carris deviam estar assinados a partir de 15 de julho. O Governo aprovou a 26 de fevereiro a subconcessão Metro e da Carris e, em março, foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público internacional.