Mais de mil pessoas, todas com perto ou mais de 55 anos, disponibilizaram-se para sair dos quadros da Caixa Geral de Depósitos ao abrigo do programa de reformas antecipadas que o banco tem em curso, apurou o Observador. No final de 2014, o banco tinha 8.858 pessoas nos quadros, pelo que a redução de efetivos poderá superar os 11%.
Está terminada a primeira fase do “Plano Horizonte“, um plano que decorre até ao final do ano (ainda que algumas saídas possam ser agendadas para depois disso). Segundo apurou o Observador junto de fonte próxima, mais de 1.000 pessoas decidiram disponibilizar-se, nesta primeira fase, para avaliar uma possível reforma antecipada. Os funcionários que completem pelo menos 55 anos até 31 de dezembro de 2016 são elegíveis.
O processo passa, agora, às fases seguintes, em que cada caso será avaliado e poderá, ou não, resultar numa saída. O Diário Económico escreveu na semana passada que o banco estatal prevê a saída de “umas centenas de pessoas, que poderão ultrapassar as 500″. A informação foi passada ao jornal por Jorge Santos Duro, diretor central de Pessoal da CGD. Até ao momento, explicou o responsável, a redução de efetivos no banco tem sido feita através da não substituição de pessoas que saem, o que fez cair o número de funcionários de 11 mil em 2009 para menos de 9 mil atualmente.
“Mas temos de nos adaptar à realidade”, diz o responsável ao Diário Económico, lembrando que “só no ano passado o produto bancário no setor reduziu-se em cerca de 30%”. A Caixa Geral de Depósitos divulga esta tarde, após o fecho das bolsas, os resultados relativos ao primeiro semestre.
O Observador debruçou-se recentemente sobre o tema dos custos da banca e da adaptação ao ciclo económico e às novas tecnologias. Leia mais aqui.